A China inaugurou em 2013 uma obra escultural, um edifício em forma de Lótus, uma flor aquática que representa pureza espiritual do corpo e da mente, conforme a tradição budista.
O edifício fica situado no coração de Wujin, sua estrutura tem mais de 35 mil m², e se integra a paisagem do Parque do Povo a sua volta, edificado para ser um marco cultural e cívico de sua sociedade.
Composto de espaços cívicos e públicos sua localização é privilegiada, em uma área de grande expansão ao sul. O edifício abriga parte do Gabinete de Planejamento, salas de exposição e salas de reunião.
A sua forma diferenciada foi determinada pela necessidade de criar uma estrutura distinta, que seja admirado e frequentado pelos cidadãos, gerando participação e laços com a comunidade.
Assim como a flor de Lótus, a arquitetura parece flutuar sobre o lago em que se encontra, refletindo as pétalas que formam a proteção solar.
Os visitantes entram por baixo, quando chegam ao edifício o espaço se revela como uma catedral iluminada, esse trajeto reúne muito simbolismo e espiritualidade, como um caminho para a purificação e ao mesmo tempo a visão da pequenez humana diante do divino.
Muitos arquitetos já usaram técnicas semelhantes para exaltar a grandeza de espaços religiosos, como é o caso da Catedral Metropolitana de Nossa Senhora Aparecida em Brasília, projetada por Oscar Niemeyer em 1958.
Feito pela empresa australiana Studio 505, o Lótus tem suas pétalas iluminadas, criando uma atmosfera edificante mesmo em dias nublados e chuvosos, as cores sofrem uma transição gradativa que segue pelas nervuras das pétalas, onde as cores profundas ficam apenas nas bordas da estrutura.
Mesmo tendo uma iluminação de destaque o projeto foi elaborado para minimizar o gasto energético, tanto para sua refrigeração com cerca de 2500 estacas geotérmicas espalhadas pelo lago que resfria o edifício no verão e aquece no inverno, utilizando a própria água do lago para controle térmico.
Além da ventilação natural em que o ar é captado na superfície do lago, levando umidade e gerando resfriamento evaporativo que percorre o edifício conduzindo pela chaminé térmica dentro da principal flor.
O Centro de Lótus já se tornou o mais conhecido edifício em Wujin, contribuindo para a vida social e cultural da cidade.
Centro de Lótus
Data de Conclusão: 2013
Cliente: Governo de Wujin
Custo da Obra: AUD 12 milhões
Arquiteto: Studio 505
Fotografia: John Gollings
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